FRANCE - RÉGIONS 2012
NORMANDIA
O Monte Saint-Michel é uma ilhota rochosa na foz do Rio Couesnon, no departamento da Mancha, no limite entre a Normandia e a Bretanha na França, onde foi construído uma abadia e santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. A história da abadia remonta ao ano 708, quando Aubert, bispo de Avranches, mandou construir no monte Tombe um santuário em honra a São Miguel Arcanjo. No século X os monges beneditinos instalaram-se na abadia e uma pequena vila foi sendo construída. Durante a Guerra dos Cem Anos, no século XII, entre França e Inglaterra, 119 cavaleiros franceses se encastelaram e não permitiram que os ingleses tomassem o monte, resistindo a todas as tentativas inglesas e constituindo-se, assim, em símbolo da identidade nacional francesa, após a dissolução da ordens religiosas pela Revolução Francesa de 1789 até 1863 o Monte foi utilizado como prisão.
Para iniciar nossa viagem acordamos cedo, porque a partida da excursão de ônibus até o mont Saint Michel, estava marcada para as 7:15 da manhã em frente a agencia France Tourisme, localizada na 33, Quai des Grands Augustins.
Andamos quase 2 quilometros até o ponto de encontro do passeio, estávamos hospedados no Quality Hôtel Axel Opera 15, Rue de Montyon (Montmartre, Opéra), além do bon petit déjeuner (café da manhã), cada hospede tinha direito a um lanche de viagem por dia ( 2 sanduiches, 1 maça, 1 batata frita tipo chips e 1 agua mineral), muito bom!
A distância percorrida seria de 360Km, uma viagem de quase 4 horas em onibus bastante confortavél, nossa guia muito simpatica, todas descrições e orientações eram em espanhol, inglês e francês. O passeio custou 128€ por pessoas (https://www.francetourisme.fr/excursions-en-france/visite-mont-saint-michel.html ),com almoço (dejeuner) no Restaurant LES TERRASSES POULARD, entrées: Terrine de campagne, plats: Omelette du Mont St Michel, desserts: Tarte normande e boissons: cidre Poulard.
Quando chegamos fomos para o estacionamento dos ônibus, e seguimos até o monte em veiculo (gratuito) da empresa que está realizando obras na região. A empresa encarregada da obra, construiu uma represa para limitar a ação das marés, viabilizando os trabalhos de construção da ponte para o Mont Saint Michel.
O monte é como uma fortaleza, você entra por uma porta e tem acesso a aldeia, onde são comercializados todos os tipos de souvenirs, biscoitos, chocolates, lanches para quem deseja uma alimentação rápida e toilets públicos ao custo de 1€. Todo conjunto arquitetônico muito medieval, muita escadaria e ladeira para subir até o topo.
No interior da abadia não tem nada, o que pode ser contemplado é a arquitetura medieval super preservada e a belíssima vista do topo. A costa desta região francesa, pelas suas características, é o lugar do mundo onde ocorrem os maiores desníveis entre marés altas e baixas, podendo a diferença chegar a quinze metros.
É importante conferir os horários de maré alta, a grande velocidade das águas pode ocasionar acidentes trágicos, embora a construção da barragem tenha limitado os riscos. Mesmo em momentos de maré baixa há alguns trechos com areia movediça, portanto se quiser mesmo caminhar pelo imenso areal entre o morro e o mar peça para ser acompanhado por um guia local.
A arquitetura do Monte Saint-Michel e sua baía fazem dele a terceira atração turística mais visitado da França (atrás da torre Eiffel e do castelo de Versalhes), com estimativa de 3,6 milhões de visitantes por ano.
VALLEY LOIRE
Tours
Para prosseguirmos viagem até tours, poderíamos ir de trem, porem seria uma viagem muito demorada, então optamos em pegar um vôo de Nice para paris (Airport Charles De Gaulle), então pegamos um taxi até a gare de montparnasse, pois já havia adquirido no Brasil bilhetes do TGV-Train a Grand Vitesse (trem de alta velocidade) para Tours. É uma das maiores cidades da região e, assim como Blois, tem boa infraestrutura turística. Localizada a 240 km de Paris, embora relativamente pequena, na Idade Média foi um importantíssimo centro político e comercial. Em Tours não há castelos, mas sim uma linda catedral (Catedral St-Gatien no século 13), interessantes museus e vários edifícios medievais.
Selecionamos o Hotel Sejour, devido a sua localização estratégica, ao lado da estação de trem no centro de Tours, assim que nos instalamos, fomos conhecer a cidade. Fizemos compras na Galeria Lafayete (perfumes, roupas e relógios), soldes 70%. Em Tours os preços se revelaram menores que em Paris.
O Loire é um rio declarado patrimônio mundial da UNESCO, é o último rio selvagem de Europa e o maior rio da França, Com aproximadamente 1.000 km de comprimento. Os vinhedos da região ficam próximos as suas margens, o Vale Loire é a terceira região mais importante da França em termos de qualidade de espumantes, doces e secos que podem ser tintos, brancos e roses. (https://br.france.fr/pt/tema-vinhos)
No centro de informações turísticas, dentre muitas opções, adquirimos um passeio para o Vallée du Loire ( Vale do Loire), chegamos cedo ao ponto de encontro do passeio na sexta-feira (vendredi), que foi em frente ao mesmo centro de informações. A saída estava marcado para as 09:15h em uma van, e retorno previsto para as 18:20h. Nosso grupo era composto por 9 pessoas de diversas nacionalidades, o custo por pessoa foi 52€, não incluso os ticket de entrada nos castelo, visitamos 4 castelos como descritos respectivamente:
Château Chenoneau:
É conhecido como "castelo das mulheres" por ter sido construído por uma nobre e depois habitado por Diana de Poitiers (amante do rei Henrique II) e Catherine de Médicis (mulher de Henrique II). Em 1559, com a morte do rei Henrique II, Catherine de Médicis, botou a amante para fora de Chenonceau. É o mais original castelo da região: foi em parte construído sobre o rio Cher, como se fosse uma ponte. Por dentro, Chenonceau é todo decorado e mobiliado como na época em que foi habitado e contém muitas obras de arte. A visita ao chateaux custa 6,50€ por pessoa em 2012, o valor em 2019 é de 14,50€. O bosque de entrada do castelo é perfeito, os jardins são impecáveis. Construido dentro do rio, uma ponte liga a margem, uma forma de proteção da época.
Château Amboise
Perto de Blois a cidade de Amboise é o segundo destino turístico para quem vem de Paris. Amboise foi a principal cidade dos Turones, povo celta que deu o seu nome a província de turaine, o castelo foi construído junto ao rochedo que domina a confluência dos rios Loire e Amasse. Foi construído por Carlos VIII e posteriormente ampliado e reformado por Luís XII e Francisco I. Leonardo da Vinci, que ali viveu seus últimos dias e está enterrado na capela do castelo.
A ligação da com a Bretanha aconteceu com a morte do duque Francisco II da Bretanha, o rei da França Carlos VIII casa-se com Ana de Bretanha, filha de Francisco II em 1491, não tendo herdeiros, com a morte precoce de Carlos VIII aos 28 anos, ao bater a cabeça no lintel da porta quando se dirigia para a galeria Haquelebac no castelo de Amboise, Ana de Bretanha é obrigada pelo contrato de casamento, a casa-se com o novo rei da França, Luís XII, primo de Carlos VIII. Almoçamos em Amboise, na parte externa do chateaux há várias lojas de suvenirs e restaurantes para comodidade dos turistas. O acesso ao chateaux custava 7,90€ por pessoa em 2012, o valor em 2019 está em 12,80€.
Château Cheverny:
É pequeno se comparado com outros castelos da região, Elegante e simétrico, sua decoração interior é extremamente luxuosa. É um chateaux particular, o domínio pertence a mais de seis séculos a família Hurault, as terras foram compradas por Henri Hurault, Conde de Cheverny, Tenente General dos Exércitos do Rei de França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI, do qual o proprietário atual, o Marquês de Vibraye é descendente, ele mora em uma pequena parte reservada do castelo, na ala direita, e disponibiliza o castelo para visitação ao preço de 7,70€ por pessoa em 2012, o valor em 2019 é 12,00€. Existe uma enorme e tradicional criação de cães para caça no castelo.
Château Chambord:
A pequena Chambord fica as margens do Rio Closson, é conhecida por sua principal atração, o majestoso Castelo de Chambord - As escadas, acredita-se ser um projeto de Leonardo da Vinci, foi desenhada para que as pessoas subindo, não encontrem as que estão descendo. O Chateaux é grandioso e imponente, talvez o mais deslumbrante palácio renascentista da região. Com 25 anos de idade, o jovem rei Francisco I inicia a construção em 1519, a influência Renascentista na arquitetura é explicada pela conquista da província de Milão da Itália. Chambord tem 5200 hectares, 440 quartos e 365 chaminés. Os domínios de Chambord são cercados por um muro de 32Km de comprimento, atualmente as caçadas não acontecem mais, a área tornou-se uma reserva nacional de fauna e flora com um tamanho equivalente a cidade de Paris. Chambord foi construído por 2 mil homens, e demorou mais de um século para ser finalizado. Chambord só existe devido à paixão de Francisco I pela caça, o segundo piso é dedicado a esta temática.
Chambord foi comprado pelo governo em 1930 e reformado minuciosamente, um palácio totalmente preservado, com salões adornados, móveis de época, candelabros, tapeçarias, galeria de quadros, troféus, animais de caça empalhados, e uma coleção de carruagens luxuosas. Muito utilizado para caça pelos reis, o ultimo presidente a caçar em Chambord foi François Mitterrand, o ex-presidente Nicolas Sarkozy costumava passar finais de semana. O ticket de entrada custa 7,00€ por pessoa em 2012, o valor em 2019 é 14,80€.
Valores atualizados, acessar sites oficiais.
Sites des Châteaux:
https://www.chateau-amboise.com/
https://www.chateau-cheverny.fr/