VENEZIA

Durante a viagem de trem noturno de Viena para Veneza, furtaram passaportes e dinheiro de 3 cabines. Antes da partida do trem o ar condicionado do vagão parou de funcionar estranhamente, reclamamos com os funcionários do trem que eram italianos, mas o suposto defeito não foi consertado, devido o calor as pessoas abriram as portas das cabines para conseguir dormir, facilitando a ação dos marginais. Durante a madrugada notamos uma movimentação suspeita, então resolvemos fechar a porta mesmo com todo calor, alguém tentou abrir a porta mas não obteve sucesso. Pela manhã as pessoas começaram a notar a falta dos pertences, aí já era tarde. Ar condicionado não funciona, força abertura das portas das cabines, para facilitar a ação dos marginais, e os funcionários não viram nada!! Andei pesquisando e este tipo de episódio não é exceção. Então cuidado!!




Chegamos as 8:00hs da manhã em Venezia, como é chamada em italiano, está situada no nordeste da Itália, sobre um grupo de 117 pequenas ilhas, ligada por pequenas pontes e separada por canais. A região é pantanosa e se estende ao longo da costa entre as bocas dos rios Po e Piave. Famosa pela beleza de sua arquitetura e obras de arte, uma parte da cidade é Patrimônio Mundial,    juntamente com a sua lagoa. Foi fundada no ano de 421, em plena decadência do Império Romano do Ocidente. Os habitantes de Aquileia, Pádua e de outras cidades do Norte da Itália procuraram abrigo nas ilhas da lagoa veneziana, fugindo das tribos germânicas que invadiam a Península Itálica. Veneza permaneceu por séculos sob o domínio do Império Bizantino, funcionava como um centro de comércio e embarque de produtos através das lagunas e rios, sendo um importante ponto de distribuição de mercadorias provenientes da Ásia.


 

Nas primeiras décadas do século VIII, a população das lagoas elegeu seu primeiro líder, Orso Ipato, que foi confirmado por Bizâncio e recebeu os títulos de hypatus e doge (duque). Ele foi o primeiro Doge de Veneza segundo a história tradicional. As ilhas fizeram parte do Império Bizantino até o início do século IX quando Veneza tornou-se independente.

Graças à localização privilegiada no meio da rota entre o Oriente e o Ocidente, excelentes navegadores e poderio militar, a cidade tornou-se um próspero centro mercantil e naval. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, quando sua frota já era uma das maiores da Europa. O historiador Fernand Braudel classificou-a como a primeira capital econômica do Capitalismo. O patrono da cidade é San Marco (São Marcos) o grande navegador que deu nome a Piazza San Marco, uma das mais famosas do mundo.

 Se a conquista de Constantinopla foi o início do apogeu, sua perda para os turcos, em 1453, deu início a uma galopante decadência, com a queda de Bizâncio, os turcos otomanos tornaram-se num dos grandes rivais da atividade comercial de Veneza. A derrota dos otomanos abriu as portas do Mediterrâneo e o controle das ilhas de Creta e Chipre. Na mesma altura, para se defender da cobiça dos senhores de Milão, os venezianos voltaram ao continente, onde asseguraram o controle de cidades como Verona, Dine, Bréscia e Bérgamo, assegurando desta forma o domínio do Adriático.


 Vista do Campanário de São Marcos

As invasões otomanas, iniciadas em meados do século XV, foram um dos fatores decisivos para que entrasse em declínio. Veneza via-se confrontada com ataques externos e de outros estados italianos, e com a perda de poder econômico na sequência da descoberta da via marítima para as Índias através do cabo da Boa Esperança por Vasco da Gama entre 1497. O Império Otomano conseguiu se expandir para os Bálcãs e Veneza começou a se ver ameaçada. Em 1570, foi obrigada a entregar Chipre aos  turcos, depois Creta e suas últimas posses. Veneza assinou a paz com os Otomanos em 1573.

Em 1797, Napoleão Bonaparte tentou se aliar a Veneza e essa se negou, então, Napoleão descarregou sua vingança sobre a República Veneziana, colocando um fim a quase treze séculos de independência. Saqueou o Bucintoro e se apoderou de todo o ouro e objetos de valor. O Bucintoro (barco de ouro), barco do Dux, foi enviado à França, onde o usaram como galeria de prisioneiros. Com Napoleão derrotado, o Congresso de Viena reestabeleceu o status político prévio à Revolução. Veneza ficou de novo sob o poder da Áustria, formando parte do Reino Lombardo Veneto. Pouco depois, Veneza se separou da Lombardia, que havia optado pela união com a Itália. Pelo tratado de Viena de 1866 se reestabeleceu a paz entre Itália e Áustria, esta por sua vez, renunciou à cidade italiana em troca de uma indenização.

 

 Campanário de São Marcos

O Campanário de São Marcos é um dos símbolos da cidade de Veneza, a torre tem 98 m de altura e fica num canto da praça, perto da entrada da basílica. As suas formas são simples, e o seu corpo principal é uma coluna de tijolos, de 12 m de lado e 50 m de altura, sobre a qual assenta o campanário com arcos, que aloja cinco sinos, coroada por uma agulha piramidal, no extremo da qual se encontra um cata-vento dourado com a figura do Arcanjo Gabriel. O campanário, de cuja construção inicial do século IX nada resta hoje, tem a forma atual desde 1514. A torre que se observa hoje é uma reconstrução, que foi terminada em 1912 depois do colapso ocorrido em 1902.


 Basílica de São Marco

A Basílica de São Marcos é a mais famosa das igrejas de Veneza, é um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina. Localizada na Praça de São Marcos, ao lado do Palácio dos Doges. A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica; esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e, mais uma vez, em 1063, no que viria a ser base do atual edifício.


 Palácio Ducal

O Palácio Ducal é também conhecido como Palácio do Doge, é um símbolo da cidade de Veneza e uma obra-prima do gótico veneziano. Surge na área monumental da Piazza San Marco, entre a Piazzetta e o Molo. A edificação do palácio iniciou-se, presumivelmente, no século IX, depois da transferência da sede ducal de Malamocco para a moderna Veneza, definitivamente sancionada em 812, durante o dogado de Ângelo. O palácio atual foi construído entre 1309 e 1424. Giovanni Bon e Bartolomeo Bon criaram a chamada Porta della Carta, um monumental portão em estilo gótico tardio na Piazzetta, ao lado do palácio. Hoje é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na Piazza San Marco, o Campanário, o Palazzo Ducale e numerosas igrejas e museus.

Uma sintonia com o movimento das marés, por entre vielas e becos a vida surge em barcos e gondolas, o verão é uma conturbação de turistas, uma cidade de estilo divergente, preços bastante elevados, pouca cordialidade em estabelecimentos comerciais, gastronomia razoável, limpeza a desejar.



FOTOS VENEZIA

VIDEOS VENICE